Mas, não estamos aqui para definir se é bom/ruim, e sim para relembrar esse incrivel fenômeno de audiência do SBT nas décadas de 90/2000.
Tudo começou em 1982, onde Sílvio Santos queria criar dois horários de novela para o SBT, uma delas foi a Brasileira "Destino" com Flávio Galvão e Ana Rosa. Feita com muito Glamour, a novela patinou no ibope e foi um fracasso. Já o patinho feio "Os Ricos Também Choram" novela comprada da Televisa, foi um estrondoso sucesso, e levou o SBT a se consolidar com as mexicanas.
Em 1984, veio a primeira de muitas novelas mexicanas infantis que passaram pelo SBT, "Chispita" que foi outro grande sucesso e que acarretou em muitas vendas de LP'S da novela e produtos ligados a trama. [até 1996, Chispita tinha sido reprisada INCRIVEIS 6 VEZES!]
Na década de 80 ainda tiveram outas novelas no SBT, mas sem grande alvoroço, como: "Lupita", "Angelito", "Topázio", "A Vingança", "Soledade", etc.
Em maio de 91, abrindo as comemorações de 10 anos do SBT, o canal consegue um grande sucesso com "Carrossel" [que foi reprisada TRÊS vezes]. Ainda em 1992, tiveram "Rosa Selvagem", "Ambição", "Simplismente Maria" e "Quinze Anos" todas com relativo sucesso.
De 1993 à 1995, o SBT ficou sem transmitir novelas mexicanas inéditas, em 1995, reativou esse setor com "Carrossel das Américas" trama muito da mal feita que não rendeu o esperado.
Mas, a melhor fase das "Mexicanizadas" no Brasil, foi sem dúvida o período 1996/1997, com a Trílogia Marimar/Maria Mercedes/Maria do Bairro, todas utilizando-se da MESMA HISTÓRIA da menina pobre que vira rica de uma hora pra outra, e da mesma protagonista Thalia. [Incrivelmente, no mesmo ano de 1997, foi reprisadas as MESMAS TRÊS NOVELAS, o que demonstrava o grande tato para as novelas do SBT]
1998, Ano de produções Brasileiras como "Fascinação" e "Chiquititas" [ADOOOOOOGO!], não teve novelas mexicanas. Já em 1999, o SBT apostou nas infantis "Luz Clarita" e "O Diario de Daniela". Nesse mesmo ano ainda teve "O Privilégio de Amar" com boa repercussão.
Mas, Sucesso mesmo foi o que se viu em Setembro de 1999 com "A Usurpadora", as maldades de Paola Bratcho e os Pileques de Vovó Piedade foram um marco para as novelas mexicanas no Brasil.
O primeiro ano do novo milênio é recheado de tramas infantis: "Gotinha de Amor", "Serafim", "Carinha de Anjo" e "Amigos Para Sempre". [todas sem muito destaque, mesmo assim vi todas. HAHAHA!]
Em 2002, Chegam "Maria Belém", "Cúmplices de Um Resgate", "Amigas e Rivais" [que teve sua versão brasileira produzida pelo próprio SBT], "Salomé" e "Manancial", que marca o fim das novelas na parte da tarde, que a essa altura, já estavam no começo da noite.
No ano seguinte, 2003, mais duas tramas infantis: "Viva às Crianças – Carrossel 2" e "Poucas, Poucas Pulgas". "Primeiro Amor a Mil Por Hora" (remake de “Quinze Anos”) e "No Limite da Paixão" são finalmente estreadas, após alguns adiamentos.
2004, marca o ano das reapresentações de "Marimar", "Maria do Bairro" e "Rosalinda". E cinco inéditas são exibidas: "Amy, a Menina da Mochila Azul", "Alegrifes e Rabujos", "A Outra", "Menina, Amada Minha" e "Amor Real".
O ano de 2005 é marcado pela terceira reapresentação de "A Usurpadora". Além das estréias de "Rebelde" [ECA!], "Rubi" e "A Madrasta". Em 2006, o SBT reprisa "Cúmplices de Um Resgate" e "Rubi". E apresenta as inéditas "A Feia Mais Bela", "Feridas de Amor", "Mariana da Noite" e "Laços de Amor". Chega 2007, e com ele "Destilando Amor" [cortada com poucas semanas de exibição], "A Vida É Um Jogo" [igualmente dilarecada], "Mundo de Feras", "La Lola" e a quarta reprise de "A Usurpadora" e as voltas de “Maria do Bairro” e de “O Diário de Daniela”.
No fim de 2007, o Contrato com a Televisa foi rompido e chegou-se a um ponto final nas novelas mexicanas no Brasil.
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